Você sabe qual a importância de definir uma estrutura de capital, sobretudo para empresas que atuam no agronegócio? Bom, é relevante destacar que esse setor desempenha um papel fundamental na economia brasileira, representando mais de 50% do total de exportações do país.
Diante desse cenário, é fundamental compreender que essa escolha se torna vital para o sucesso e o crescimento sustentável das organizações que operam nesse ramo. Isso porque, uma estrutura bem definida exerce influência não apenas na saúde financeira em geral, mas também na capacidade de ampliação do investimento e expansão de operações.
Pensando nisso, neste artigo, iremos explorar as diversas possibilidades de estruturas de capital. Além disso, analisaremos os fatores determinantes para a escolha da estrutura ideal, tendo como base o agronegócio
Principais estruturas de capital para empresas do agronegócio
Todo tipo de estrutura traz vantagens e adversidades únicas, que dependem das características individuais de cada empresa, além de, claro, dos objetivos que ela almeja alcançar. Veja a seguir os principais modelos:
Capital Próprio
O capital próprio é uma forma de financiamento na qual os fundos provêm diretamente dos proprietários da empresa. Ou seja, nessa abordagem os agropecuaristas investem seus próprios recursos financeiros visando o crescimento do negócio. Aqui, uma das principais vantagens é que não há ocorrência de pagamento de juros sobre o montante investido.
Apesar de ser uma boa opção, esta abordagem pode limitar as oportunidades de crescimento devido ao risco iminente de perda que se assume nessa estrutura. Dessa forma, o equilíbrio entre o uso de capital próprio e outras fontes de financiamento deve ser cuidadosamente considerado para evitar o endividamento.
Empréstimos
Recorrer a empréstimos bancários é uma prática comum em muitas organizações do agronegócio. Essa abordagem permite que uma empresa obtenha os recursos necessários para expandir suas operações, investir em tecnologia ou infraestrutura.
Uma das vantagens dos empréstimos é a capacidade de alavancar oportunidades sem comprometer o capital próprio, a princípio. Entretanto, é imprescindível avaliar cuidadosamente os termos de pagamento, bem como as taxas de juros e as condições gerais do empréstimo, visto que o endividamento excessivo impacta negativamente o fluxo das finanças.
Investidores
Buscar investidores é outra abordagem viável para empresas do agronegócio que desejam expandir suas operações. Nesse caso, os investidores podem fornecer capital em troca de participação nos lucros.
Essa parceria traz vantagens para além do financiamento em si, como o acesso a conhecimentos especializados e a redes de contatos. Porém, é preciso ter cuidado ao selecionar parceiros, pois é importante que eles compartilhem a visão da instituição e estejam alinhados com seus objetivos de longo prazo.
Fatores críticos na definição de uma estrutura de capital
É fundamental compreender que não existe uma estrutura de capital única e ideal que se encaixe perfeitamente em todos os modelos empresariais do agronegócio.
Conforme discutido no artigo “Determinantes da estrutura de capital de empresas do agronegócio no mercado acionário brasileiro,” publicado no portal de periódicos da Universidade Estadual de Maringá, não existe um consenso definitivo sobre os determinantes da estrutura de capital. No entanto, o estudo revela alguns pontos interessantes a serem considerados. Entre os principais podemos destacar:
- Riscos e volatilidade do mercado: a estrutura de capital escolhida deve levar em conta tanto a capacidade da organização de lidar com as incertezas, como a competência para mitigar riscos financeiros. No mais, quanto menor o risco assumido, menores são as chances de endividamento.
- Tamanho da organização: o porte da empresa desempenha um papel crucial na escolha da estrutura de capital. Isso se deve ao fato de que organizações maiores geralmente possuem uma vantagem em termos de acesso a financiamentos e capacidade de oferecer garantias aos seus credores.
- Tangibilidade dos ativos: instituições que possuem uma quantidade considerável de ativos tangíveis, tendem a ter uma capacidade maior de garantir empréstimos, o que, por sua vez, reduz os custos de agência associados às transações.
- Rentabilidade: organizações mais lucrativas tendem a depender menos de empréstimos de terceiros, pois possuem recursos internos em maior abundância.
Conclusão
Chegamos ao final deste artigo e nele vimos que a escolha da estrutura de capital ideal é um passo importante para a prosperidade contínua das empresas que estão envolvidas no agronegócio.
Além disso, vimos que cada situação é única e, portanto, a decisão deve ser baseada nas metas, necessidades e na responsabilidade de assumir riscos.
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